Estou eu, sentado na minha humilde cadeira, em mais um dia corrido na agência, eis que recebo o chamado do meu amigo Fábio...já sei, problema. Temos que transformar uma simples caixa de porta bijouteria, comprada ali, numa loja de departamento da cidade, em algo que faça referência a concepção artistica do tal do Arthur Bispo.
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"Arthur Bispo do Rosario era esquizofrênico paranóide, nasceu no ano de 1911, no estado de Sergipe e viveu internado 50 anos em um hospital psiquiátrico (Colônia Juliano Moreira – Rio de Janeiro). Em seu surto, recebeu a missão de recriar o universo para apresentar a Deus no dia do Juízo Final.
Recolheu objetos dos restos da sociedade de consumo como forma de registrar o cotidiano dos indivíduos, preparou esses objetos com preocupações estéticas, onde percebemos características dos conceitos das vanguardas artísticas e das produções elaboradas a partir de 1960.
Utiliza a palavra como elemento pulsante. Ao recorrer a essa linguagem manipula signos e brinca com a construção de discursos, fragmenta a comunicação em códigos privados. Inserido em um contexto excludente, Bispo dribla as instituições todo tempo. A instituição manicomial se recusando a receber tratamentos médicos e dela retirando subsídios para elaborar sua obra, e Museus, quando sendo marginalizado e excluído é consagrado como referência da Arte Contemporânea brasileira. " ( Fonte: http://www.urutagua.uem.br//005/12his_faria.htm )
Recolheu objetos dos restos da sociedade de consumo como forma de registrar o cotidiano dos indivíduos, preparou esses objetos com preocupações estéticas, onde percebemos características dos conceitos das vanguardas artísticas e das produções elaboradas a partir de 1960.
Utiliza a palavra como elemento pulsante. Ao recorrer a essa linguagem manipula signos e brinca com a construção de discursos, fragmenta a comunicação em códigos privados. Inserido em um contexto excludente, Bispo dribla as instituições todo tempo. A instituição manicomial se recusando a receber tratamentos médicos e dela retirando subsídios para elaborar sua obra, e Museus, quando sendo marginalizado e excluído é consagrado como referência da Arte Contemporânea brasileira. " ( Fonte: http://www.urutagua.uem.br//005/12his_faria.htm )
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Percebeu a complexidade da coisa? Pois é, mas tinhamos um plano, pega o resto do pó do café que ja foi usado, pega uma faca de serrinha, e mãos a obra. Conseguimos passar o aspecto de envelhecimento da peça, do desgaste, da ''feiura'' proposital. Enfim, criou-se uma concepção estética e um caráter conceitual para o que teria que ser uma simples caixa de brinde de fim de ano.
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Peça: Brinde de Fim de Ano
Cliente: Secom - Governo de Sergipe
Descrição: Caixa entregue com brindes de fim de ano focada na cocepção do artista sergipano Arthur Bispo do Rosário
Atendimento: Fábio Vivas / Criação: Ricardo Cardoso e Cláudio Rabelo / Finalização: Igor Freitas (Zazia) e Diogo Silva / Produção: Bruno Oliveira / Fornecedores: Gráfica Moura Ramos, FacForm, Polikromia e Lícia Violeta.
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Aracaju, setembro de 2008
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